«E vendo a multidão, teve grande compaixão deles, porque; andavam desgarrados e errantes...» - Mat. 9:36
A multidão imensa
repete-se,
em vaga densa,
incessante...
E, dia a dia,
vai passando,
de rosto expectante...
Mar incerto
de sorrisos e dores,
de vitórias e medos,
de ódios e de amores...
Mar revolto,
amuado,
de costas voltadas
para o areal dourado...
Mar louco,
irritado,
onde o crime,
em plenitude,
ultrapassa a virtude...
Mar agreste,
rebelde,
onde se expandem os Eus,
em desafios a Deus...
Mar de perdição,
onde o homem,
sem pé,
se afoga em solidão...
Mar, afinal
Remido, também,
pelo sangue vertido
por Cristo Jesus,
Que nasceu em Belém
e foi morto na Cruz!...
.:Luís Brancão - Cabo da boa Esperança (2002):.
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